Sobre amigos, bloqueios e sentimentos

Já tinha reparado em uma determinada situação, mas uma certa pessoa me fez enxergá-la de vez por esses dias. Eu não gosto de falar de mim. Não me sinto a vontade em mostrar o que sinto, não sei pedir ajuda, não gosto de estar em evidência. Não gosto de ser o centro das atenções! E com isso perco a oportunidade de mostrar pras pessoas, pessoas que fazem parte da minha vida, que me fazem ser quem sou. Afinal, essa é uma das virtudes de ter amigos.

O cara da foto. Aquele que eu "conheci" aos 7 anos de idade. Éramos do mesmo colégio, porém não do mesmo turno. Tudo que eu sabia dele era que ele não era uma criança modelo rs. O nariz da Fran pode afirmar isso. Só fomos nos conhecer mesmo aos 13. Primeira impressão? Não nos dávamos muito bem. E foi um bom tempo nessa. Não sei quando, não sei como, não sei porque, mas quando vi ele já era o cara que eu sabia que podia contar sempre. Do dia pra noite ele virou aquele que eu chamo de irmão. Já era o meu melhor amigo e um dos poucos que confio. Sem explicação, João.

Foto de 2007, aos 13 anos. Menina que em um belo dia sentou do meu lado. Menina que passou a sentar todos os dias do meu lado. Menina que até hoje não saiu do meu lado. Eu não sei como definir essa amizade, mesmo. Ela é aquela que me faz mais feliz quando liga, aquela que tem os mais puros sentimentos e que sabe ser leal. Não há palavras suficientes. Só sei que consigo imaginar nós dois velhinhos reclamando da vida, Lud. Vai saber...

Definição: A última pessoa que eu imaginava que poderia ser meu amigo. Até hoje me pergunto: "Como?!". Saudades do 3º ano onde a gente sentava junto e importunava a vida das meninas. Se tornou confiável em tão pouco tempo e eu de fato nunca poderia imaginar. A cara de drogado, o cabelo de Mortícia e a roupa de roqueiro eram apenas uma capa. É bem um daqueles exemplos de "as aparências enganam...". Caro sr. Vinícius, deixe de ser besta e apareça. 

"Bem-vindo ao inferno!". Essa foi a primeira frase que eu ouvi sair da boca dessa menina. Porque ela e mais alguns decidiram fazer essa brincadeirinha com os novatos. E sabe, o tiro saiu pela culatra. Eles queriam que a gente quisesse correr dali, mas eu finquei raízes. Evoluímos juntos. Foi com ela que virei fã do RBD, foi com ela que cantei Este Corazón (shame on us), foi com ela que passei pela tortura chamada vestibular. Sempre fomos um apoio um para o outro. Tem gente que não entende, mas enfim. São algumas coisas que não precisam de explicação, somos assim porque somos. Da união surgiu esse blog que você está lendo, caro leitor. Eterna Ivy Madruguinha!

Teimosa ao extremo, nega marrenta rs. Conheço desde, sei lá, sempre? Se tornou importante por saber ser amiga nas horas certas, por me ensinar a lidar com algumas situações que eu não sabia e simplesmente por ser quem é. Minha companheira na Letras e nas cantorias. Meu dueto em "Águas de Março", minha inspiração em "Garota de Ipanema" hahaha Não tenho mais o que falar, ela sabe o que já passamos juntos, o que já enfrentamos. O quando tivemos que ser fortes para ajudar quem  precisava e o quanto já rimos das nossas próprias besteiras. Quase a menina que roubava livros, Carla.

Já que falei na Ivy Madruguinha, impossível esquecer da Rádio Sominha. Rádio que alcançou um grande número de ouvintes - 6 -, e que é até hoje lembrada pelos seus programas de conteúdo ("Ivy Madruguinha pergunta", "De pernas pro ar", "Top Five", dentre outros). E como não lembrar do dia do inimigo oculto? Todo o Top Ten reunido para entregar presentes bizarros (observem a bolsa rosa que Ivy carrega). 

Chega o final do post e eu sinto como se tivesse falado tudo que há dentro de mim. Como se tivesse conseguido transcrever sentimentos com palavras. Pude mostrar a felicidade imensa que sinto por ter essas pessoas na minha vida e o quanto sou agradecido por isso. Enfim, consegui mostrar um pouco da minha vida e o quanto amigos são importantes pra mim. Bem que eu disse que o "Desde Noventa" seria uma análise.